segunda-feira, 2 de maio de 2011

Na CONTRAMÃO do Sistema




Enquanto TODOS comemoram a morte de Osama, prefiro me entristecer pela vida perdida
Enquanto TODOS querem ajuntar, desejo aprender a repartir ;
Enquanto TODOS querem mentir, busco encontrar a coragem de andar na verdade ;
Enquanto TODOS querem ser desleais, pretendo me tornar mais fiel
Rir da ganância, desprezar a futilidade, fazer caso do sucesso, da busca da felicidade desprovida de propósitos.
Crescer para dentro, expandir minha consciência, alterando meus valores, repensando minha história. Aos que desejam mandar, ofereço aprender a servir.
Aos sofisticados e complexos, ofereço a simplicidade; aos arrogantes, a humildade; aos maliciosos a pureza; aos invejosos a singularidade de ser o que sou, incompleto e imperfeito

Sim, é verdade, já compreendi que seguir a Jesus implica em andar na contramão, pois o Evangelho é um contra-fluxo, é subversão silenciosa, é mudança de coração, é transformação dos “ambientes” interiores, uma vez que a “ética do Reino é a estética do lado de dentro”.
E será assim, sem máscaras, sem cascas, despojando-me de tudo que possa impermeabilizar minhas sensações, libertando-me do que cauteriza as percepções, largando pela estrada tudo o que não é vida e aprendendo a recomeçar que, aos poucos, me tornarei mais parecido com Ele.

A sensação é de estar remando contra a maré, indo na direção oposta, subindo quando devia estar descendo, descendo quando devia estar subindo. “Negue-se a si mesmo”, é a voz que escuto o tempo todo, todo o tempo. Desisti de tentar impressionar a Deus, aos homens. Entendi que não será por habilidades, nem necessidades. Não será por nada que eu possa fazer. Não será “por força, nem por violência”, não será pela ciência, nem mesmo pela razão. Apenas deixo-me levar pela brisa e, caminhando no caminho, semeio o bem e colho a esperança.

O nome desse post tem muito em comum ao nome do Blog, NaFornalha faz referencia aos três jovens que resolveram ir totalmente contra o sistema, estavam dispostos a sacrificar a si mesmos, mas de forma alguma aceitaram a concupiscência oferecida pelo sistema corrupto.

E assim, como o grão de trigo, que morre para poder promover a vida, morro também, pois, “pra que outros possam viver, vale a pena morrer”. Por isso, abro mão, despojo-me de mim mesmo, abro as janelas da alma, destranco os ferrolhos do coração, e morro. Morro enquanto ainda é tempo, pois os que me propõem a “vida” andam as portas a me convidar a seguir de acordo com o sistema, de conformidade com as "marés", na direção da multidão, do corriqueiro, do banal. Eles me oferecem a morte embalada com papel celofane, numa caixa bonita, mas, no fundo, ainda é apenas morte. E eu, que pela morte de mim mesmo abracei a Vida, insisto em seguir na direção contrária.










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